Medicamentos no avião? Veja 5 dicas para não ter problemas na viagem

Médica do Grupo Med+, empresa líder em serviços de urgência e emergência aeroportuária no Brasil, indica como transportar medicamentos no avião para que a passagem pelo aeroporto e o trajeto sejam seguros e tranquilos

Ao preparar a bagagem para uma viagem de avião, além das roupas, acessórios e sapatos, colocamos na bagagem de mão aqueles itens pessoais que serão utilizados durante o voo. É o caso de medicamentos, que devem estar acessíveis por precaução ou até pela necessidade de dar continuidade a um tratamento habitual.

Porém, para transportar medicamentos no avião sem gerar problemas durante a viagem ou até mesmo no aeroporto, é preciso estar atento a alguns cuidados e normas sanitárias.

Para auxiliar os viajantes de plantão, a doutora Moana Barbosa, médica do Grupo Med+ no Aeroporto Internacional de Recife, traz dicas importantes aos passageiros que precisam fazer uso de medicamentos a bordo.

  • 1. Medicamentos habituais: apesar de as aeronaves terem equipamentos e kits de urgência a bordo para prestar socorro emergencial, o passageiro deve levar consigo, na bagagem de mão, os medicamentos que precisa tomar habitualmente.

“Tenha em sua bolsinha pessoal todos os medicamentos que precisará tomar durante o voo, pois os equipamentos e kits de socorro disponíveis nas aeronaves são lacrados e usados, exclusivamente, para prestar socorro em casos graves. Além disso, esses kits não compõem todos os tipos de medicamentos”, ressalta a médica.

  • 2. Dispositivos cortantes: quem faz o uso de insulina, por exemplo, não pode manusear uma seringa com agulha a bordo, por questões de segurança. Existem particularidades nas normas de aeroportos e uma delas indica que os passageiros não devem estar em posse de objetos cortantes, como agulhas, facas ou alicates de unha.

“No caso da insulina, o passageiro teria que levar na bagagem de mão hipoglicemiantes orais, sua medicação controlada ou um chocolate, ou algo que possa garantir que não vá ter uma hipoglicemia durante a viagem. Pedir auxílio e opções ao médico para esses casos é o ideal”, exemplifica Moana.

  • 3. Receita médica: para que o passageiro transporte medicamentos no avião, tem de estar em posse da receita médica. Se o indivíduo tem um problema emocional ou psiquiátrico, por exemplo, e faz uso de remédios de guia amarela, ele deve portar junto ao medicamento a receita para comprovar que aquela medicação é dele.

A doutora Moana Barbosa enfatiza que “essa necessidade é referente, principalmente, às medicações psicotrópicas que podem ser entendidas como contrabando. Então, se estiver levando na aeronave antibiótico ou medicação controlada, o passageiro deve ter receita em mãos comprovando que não se trata de um transporte ilegal”.

  • 4. Quantidade: os medicamentos têm que estar em quantidade categorizadas e ser de uso pessoal. Se precisar transportar um volume elevado de caixas de remédios pelo fato de ir para uma região em que o medicamento estará inacessível, o passageiro tem de ter em mãos uma explicação, por escrito, do médico responsável para justificar a posse desse volume alto.

“Existem normas da aviação que devem ser cumpridas para que o viajante não tenha problemas. Por exemplo, se o passageiro precisar tomar um remédio líquido durante o voo e a quantidade da embalagem ultrapassar o volume permitido pelo porte da aeronave na bagagem de mão, a dica é dividir o líquido em outro frasco sinalizado e transportá-lo na mala despachada, deixando o frasco original na bolsa que ficará dentro da aeronave”, explica.

  • 5. Cartão, Pulseira ou Colar de Identificação: é muito importante que os passageiros com algum tipo doença ou alguma situação patológica carreguem um cartão de identificação com orientações de primeiros socorros, entre elas, qual a doença, medicações tomadas, alergias e telefones importantes para o caso de uma emergência.

Além disso, é ideal avisar um acompanhante ou alguém que esteja sentado próximo no avião sobre a existência da patologia e dos remédios tomados durante o voo.

“São coisas simples e que podem fazer a diferença em uma situação de urgência. Essas informações serão cruciais para um atendimento rápido e efetivo do passageiro, caso haja necessidade”, alerta a médica.

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